quinta-feira, 23 de julho de 2015

                  TROVAS LIVRES
' O Circo de Cavalinho,
A os Ázes de coroa,
Ao mologado dá espinho,
E ao espectadores coisa boa.

O circo vive de tradição,
É relíquia do passado,
Dos velhos tempo de Adão,
Contemporaneamente atualizado.

O circo é como vida de cigano,
Vive sempre de del em del,
Daqui e dali perambulando,
Entre lona, terra e o céu.

O circo de palhaçada,
Também promove cultura,
É alegria da criançada,
É um dialeto sem censura.

O circo não  é faculdade,
E faz cientista popular.
Tem a escola da universidade,
Que deixa muitos a desejar.

Na viagem de companhia,
A lona tem serventia.
Cobre tablado e picadeiro,
Cobre os bailes de terreiro.

A lona é objeto de viagem,
É bacheiro de montaria.
Ela aquece na friagem,
Faz sombra na luz do dia.

Apesar dos pesares,
A lona nos abona.
Mais eu não quero,
Viver na Lona.

LUZIA DE MENDONÇA SATTIN- Página 137 - ANTOLOGIA DEL' SECCHI - VOLUME VI - ANTLOGIA LITERÁRIA INTERNACIONAL - ORGANIZAÇÃO ROBERTO DE CASTRO DEL'  SECCHI. O MELHOR DA LITERATURA DIGITAL BRASILEIRA.


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