quinta-feira, 23 de julho de 2015

                                                                 
                                                              MINHA BENGALA

Sinto a brisa que vem do mar,
Quando sento no meu banquinho.
Pelo meu povo sempre venho orar,
Não estou cansado, mas velhinho.

Aqui está minha bengala,
Gosto de pisar neste bom chão.
Venho sempre fazer boas salas,
Atendendo todos meus irmãos.

A nossa pinga com o coco,
Meu preparo é todo especial,
Também sou Poeta, não louco.

Nesse espaço sou tão natural,
Já fiz de tudo um pouco,
Agora volto ao meu normal.

         VERSOS

" No verão dos meus cantares,
Somos cigarras com certeza.
No quilombo dos meus Palmares,
Canto alegre sem a tristeza."
                -  :  -
Onanãe Oshoxi,
Oshoxi não vai nos deixar.
Onanãe Oschoxi,
Oshoxi conosco vai sempre morar."
                  -  :  -
No verão dos meus cantares,
Sou Cisne Branco com certeza.
Não exilado entre os palmares,
Não cantando a mesma tristeza.

Luzia de Mendonça Sattin - Cachoeira Paulista / SP. ANTOLOGIA ANUÁRIO DA POESIA BRASILEIRA -  96 - Ano J.G. de Araújo Jorge 1996 - página 100  - LAÍS COSTA VELHO - Diretor da CODPOE - Coperativa de Poetas e Escritores. Membro-efetivo-fundador e primeiro presidente da Academia Duquecaxiense de Letras e Artes. Como editor produziu  122 livros  de autores da mais diversas regiões do país. O melhor da Literatura Brasileira Digital.

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